Influenciadores do jogo do tigrinho são investigados por lavagem de dinheiro

Atualizado: 8 Fev 2024
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Heloísa Vasconcelos

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Larissa Borges

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Um grupo de influenciadores que ostentavam riqueza nas redes sociais enquanto divulgavam o jogo Fortune Tiger, conhecido como "jogo do tigrinho", está sendo investigado pela Polícia Civil do Paraná pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A suspeita é que os influenciadores trabalham como aliciadores, trazendo novas pessoas para o jogo e ganhando dinheiro pela divulgação. O caso foi tema de reportagem do Fantástico no último domingo (3).

Eduardo Campelo, Gabriel, Ezequiel e Ricardo publicavam vídeos nas redes sociais divulgando o jogo e ostentando em carros de luxo e viagens internacionais. Segundo eles, o dinheiro para bancar o estilo de vida vinha do jogo.

“Olha aí, minha rapaziada. Ex-motoboy comprando carro de R$ 1 milhão", diz o influenciador Du Campelo, em vídeo nas redes sociais.

Segundo pesquisa feita pelo Aposta Legal Brasil, sete em cada dez brasileiros não confiam em indicações de influenciadores sobre apostas.

Investigação da polícia

As publicações em que os influenciadores divulgavam a oportunidade de dinheiro fácil chamaram a atenção da Polícia Civil do Paraná.

"Eles eram motoboys, pessoas comuns e num curto espaço de tempo apareceram com diversos carros importados, viagens internacionais", disse o delegado da Polícia Civil do Paraná, Thiago Dantas, em reportagem da Globo.

O grupo acumulava cerca de 1 milhão de seguidores e ganhava entre 5 mil e 15 mil por campanha de 7 dias.

Eles também obtinham lucros a cada novo jogador que conhecia o jogo do tigrinho por meio da divulgação. Segundo a polícia, eles ganhavam entre R$ 10 e R$ 30 por cada novo cadastrado nas plataformas.

Em novembro, Eduardo, Gabriel e Ricardo foram presos, enquanto Ezequiel não foi encontrado.

Na operação, a polícia apreendeu carros e dólares em espécie. A estimativa é que o grupo tenha movimentado R$ 12 milhões em 6 meses.

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