Buscador de bets bloqueadas: ferramenta exclusiva revela sites ilegais no Brasil
Desde a implementação das regras para o setor de apostas, o combate a sites não regulamentados se intensificou. Agora, uma nova ferramenta facilita o acesso à lista de apostas ilegais no Brasil.
O buscador de bets bloqueadas permite consultar rapidamente se um site foi bloqueado pelas autoridades brasileiras, exibindo se ele está na lista de 7,6 mil sites denunciados pelo Ministério da Fazenda por operação ilegal.
A lista apresentada pela ferramenta foi obtida com exclusividade pelo Aposta Legal e fornece dados das ordens de restrição expedidas até o final de dezembro de 2024.
Na época, o governo brasileiro havia retirado do ar mais de 7,6 mil sites irregulares e a expectativa é que esse número continue a crescer, à medida que a regulamentação do setor de apostas se intensifica.
O Brasil atualmente conta com um pouco mais de 150 marcas com autorização legal para explorar o mercado de apostas no país.
Dica: Para saber quais são as marcas autorizadas, acesse a nossa ferramenta de monitoramento.
É comum que, mesmo sendo ilegais, essas plataformas recorrem a mecanismos como a mudança de servidores para continuar em operação, driblando os bloqueios impostos pelas autoridades.
Por isso é sempre importante ficar atento aos domínios e marcas escolhidas para jogar.
Padrões comuns nos nomes de sites bloqueados
A maior parte dos sites da lista do Ministério da Fazenda segue um padrão bastante característico.
Muitos possuem números em excesso em seus nomes, o que indica, na maioria das vezes, tratar-se de plataformas ilegais.
Entre os mais de 7 mil sites de apostas bloqueados, 5.825 deles, ou 76,7% do total, têm números em seus nomes.
Mais especificamente, 3.595 sites (47,3%) começam com números, enquanto 3.423 sites (45%) terminam com números.
Caso o nome de um site contenha uma quantidade excessiva de números ou não pareça corresponder a uma marca reconhecível, o risco de ser uma casa de apostas ilegal é alto.
Vários domínios permanecem vinculados a uma mesma marca de apostas, diferenciando-se apenas pela inclusão de números ou pequenas variações entre letras e palavras.
Na lista, por exemplo, diversos sites estão associados à mesma casa de apostas ilegal. Entre eles, os domínios considerados irregulares, como win96q.com e win96p.com, que, apesar das diferenças, direcionam para sites com conteúdos muito semelhantes.
Além disso, alguns nomes específicos têm sido frequentemente associados a sites ilegais.
Entre os sites bloqueados, o nome "win" aparece em 835 deles, representando 11% do total de sites bloqueados, enquanto o "777" surge em 723 sites, ou 9,5%.
Outros nomes recorrentes incluem "Cassino", com 174 sites, e "888", com 146 sites.
Esses nomes são comuns em sites ilegais, usados por plataformas que buscam atrair apostadores sem o respaldo das regulamentações.
Domínios e extensões: fique atento às diferenças
Outro aspecto importante a ser observado é a extensão do domínio do site.
Embora a maioria dos sites bloqueados tenha o domínio ".com" (5.405 sites), os apostadores devem ficar atentos a domínios menos comuns no Brasil, como ".casino" (118 sites), ".vip" (365 sites) e ".net" (268 sites).
Esses domínios podem ser utilizados por sites maliciosos, que tentam fugir da identificação clara das autoridades.
Legalizadas devem utilizar ".bet.br"
A implementação obrigatória do domínio “.bet.br” visa tornar o mercado de apostas mais confiável e seguro.
Veja também: O que é “.bet.br” e como o domínio funciona?
O processo de bloqueio e a estratégia de combate ao jogo ilegal
O processo de bloqueio de sites irregulares começa com a identificação e catalogação dos sites pela SPA, que repassa a lista de sites ilegais para a Anatel.
A agência reguladora então ordena então que as operadoras de internet no Brasil, realizem os bloqueios técnicos, fazendo com que os sites não sejam mais acessados pelos usuários.
A restrição de acesso é apenas uma das medidas do governo brasileiro para combater a ilegalidade nesse setor.
A fiscalização se estende à publicidade e ao uso do sistema bancário nacional por essas empresas.