Imposto sobre bets subirá para 15% até 2028; entenda o que muda
O plenário do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (17), o PLP 128/25, um texto que altera significativamente a tributação e a fiscalização do setor de apostas de quota fixa no Brasil.
Sem alterações de mérito em relação ao texto da Câmara, o projeto segue agora diretamente para a sanção do presidente da República.
Abaixo, detalhamos as principais mudanças para o mercado de apostas e para o apostador:
Aumento gradual da carga tributária
A mudança mais direta para as empresas do setor é a elevação do imposto sobre a receita bruta das operadoras. Atualmente fixada em 12%, a alíquota subirá anualmente até atingir o teto previsto no projeto:
- 2026: A alíquota sobe para 13%.
- 2027: O imposto passa para 14%.
- 2028: A tributação atinge o patamar final de 15%.
Apesar do aumento, o índice aprovado (15%) é inferior ao que o governo federal desejava inicialmente, que era uma taxação de 18%. Toda a arrecadação extra gerada por esse acréscimo será obrigatoriamente destinada à seguridade social.
Cerco às apostas irregulares
O PLP 128/25 endurece as regras de fiscalização para coibir operadoras que atuam sem autorização no país. A grande novidade é a responsabilidade solidária, que obriga outros setores a monitorarem bets ilegais:
- Bancos e Instituições de Pagamento: serão responsáveis pelo recolhimento dos tributos devidos pelas operadoras e sobre os prêmios pagos aos jogadores;
- Publicidade: empresas que veicularem anúncios de casas de apostas não autorizadas (como sites, influenciadores ou veículos de mídia) também poderão ser responsabilizadas solidariamente pelo recolhimento de tributos e eventuais irregularidades.
Por que o imposto para bets aumentou?
A elevação da carga tributária sobre as bets foi uma das medidas encontradas pelo Ministério da Fazenda para compensar a perda de arrecadação em outras áreas.
O projeto original previa cortes lineares em benefícios fiscais de diversos setores da indústria, mas, para proteger pequenas empresas (do Simples Nacional) e o regime de Lucro Presumido para empresas menores, o governo abriu mão de cerca de R$ 5 bilhões.
O aumento do imposto sobre as bets, fintechs e JCP (Juros sobre Capital Próprio) serve para cobrir esse "buraco" no orçamento.


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