Bets ajudam Brasil a cumprir meta fiscal em 2024
O mercado de apostas esportivas reguladas no Brasil tornou-se um importante aliado do governo federal na busca pelo equilíbrio fiscal.
Com o pagamento de outorgas para operar no país, as bets contribuíram com cerca de R$ 2 bilhões em receitas extraordinárias até o fim de 2024, ajudando a União a fechar as contas dentro da meta fiscal estabelecida.
Os valores fazem parte de um montante maior de R$ 40 bilhões em receitas não recorrentes esperadas pelo governo nos meses de novembro e dezembro de 2024.
Esses recursos incluem dividendos de estatais, renovações de concessões e taxas cobradas de empresas que buscam explorar setores regulados.
No caso do mercado de apostas, a cobrança da taxa de outorga de R$ 30 milhões por operadora foi determinante para elevar a arrecadação no último trimestre do ano.
Os números foram levantados pelo economista Fábio Serrano, no BTG Pactual, e publicados pelo site Valor Econômico.
Cumprir a meta fiscal é essencial
O cumprimento da meta fiscal não é apenas um indicador contábil, mas um fator determinante para a confiança dos investidores e a estabilidade da economia.
Um déficit controlado reduz a necessidade de financiamento por meio de endividamento público, impactando positivamente os juros, a inflação e a atratividade do Brasil para investidores estrangeiros.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que o déficit fiscal de 2024 deve ficar em torno de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo da banda de tolerância permitida, que era de 0,25% do PIB (R$ 28,8 bilhões).
Segundo lista do Ministério da Fazenda, ao menos 60 empresas já podem ter efetuado o pagamento da taxa de outorga de R$ 30 milhões para operar no mercado brasileiro, com autorização para explorar até três marcas de bets cada.