Prêmios de apostas são 13% do volume de Pix no Brasil
Em 2025, os prêmios pagos por casas de apostas a apostadores responderam por 13,5% de todas as transferências via Pix de empresas para pessoas do ano.
Em outras palavras, mais de um em cada sete reais enviados por esse tipo de transação no Brasil veio de prêmios de apostas.
O dado, de um estudo da consultoria GMattos publicado pelo Valor Econômico, mostra a dimensão do mercado legal de apostas, que cresceu na mesma velocidade que o Pix ao longo dos últimos cinco anos.
O movimento de ida e volta é claro: 15,3% de todos os Pix feitos de pessoas para empresas tiveram como destino as bets, e quase o mesmo volume retornou em prêmios.
A relação entre entradas e saídas indica como, no mercado regulado, boa parte do dinheiro apostado volta para os jogadores.

“O Pix não foi criado para ajudar as bets, mas acabou se tornando o meio perfeito de pagamento: é instantâneo e sem risco de fraude”
Estudos da consultoria já mostravam que praticamente todo o dinheiro movimentado pelas bets no Brasil passa exclusivamente pelo Pix, mesmo quando as plataformas oferecem outras opções de pagamento.
R$ 270 bi em prêmios
Para calcular o peso das apostas no Pix, a consultoria cruzou dados da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda com informações de volume transacionado.
Segundo estimativas do Aposta Legal, no primeiro semestre de 2025, as plataformas legalizadas movimentaram R$ 287 bilhões em apostas. Desse total, 94% foi devolvido aos jogadores em prêmios — algo próximo de R$ 270 bilhões pagos em apenas seis meses.
O impacto é tão grande que o mercado legal de apostas já movimenta um volume equivalente a 3% do PIB nacional, um patamar comparável a setores tradicionais da economia.