Mundial 2025: clubes europeus têm maioria estrangeira nos elencos
No Mundial de Clubes 2025, 59% dos jogadores que atuam pelos clubes europeus nasceram fora do país onde os times estão sediados.
O dado confirma uma tendência consolidada no futebol do velho continente: a elite do futebol europeu é formada majoritariamente por talentos internacionais, recrutados em diferentes partes do mundo.
A estatística revela um cenário em que a nacionalidade do jogador raramente coincide com a nacionalidade do clube. A mobilidade dos atletas, impulsionada por políticas de mercado e estratégias de scouting global, transformou as principais equipes da Europa em plataformas multinacionais de alto rendimento.
Chelsea lidera como o elenco mais internacional do torneio
Entre os clubes inicialmente classificados para competição, o Chelsea chega ao torneio com jogadores de 23 nacionalidades diferentes — o maior número registrado no Mundial. A equipe inglesa supera outros grandes clubes europeus nesse quesito, como Borussia Dortmund (21), Juventus (20) e Manchester City (20).
A variedade no elenco comandado por Enzo Maresca reflete uma estratégia clara de globalização esportiva. Estão presentes atletas da América do Sul, África, Europa, Ásia e Caribe, formando um mosaico técnico e cultural que representa bem o futebol globalizado.
A diversidade do elenco também se reflete nos valores individuais dos jogadores. O Chelsea reúne atletas de diferentes perfis e idades, combinando promessas sub-23 com nomes consolidados no futebol europeu e mundial. O resultado é uma equipe multicultural, jovem e altamente valiosa no mercado de transferências.
River Plate lidera ranking de jogadores nacionais
Se os clubes europeus chegam ao Mundial de Clubes 2025 com elencos altamente internacionalizados, o cenário fora da Europa é bem diferente. Na América do Sul e na África, a maioria dos atletas tem a mesma nacionalidade do clube em que joga.
Apenas 21% dos jogadores sul-americanos e 21,9% dos africanos defendem times de países distintos dos seus. Na Ásia, o índice é mais elevado, com 43,1% de estrangeiros, mas ainda distante do padrão europeu.
O contraste fica evidente ao analisar os clubes com maior concentração de talentos nacionais. O River Plate, da Argentina, lidera com folga: 86,2% de seus jogadores têm nacionalidade argentina.
Na sequência aparece o Mamelodi Sundowns, da África do Sul, com 85% de atletas locais. O Urawa Red Diamonds, do Japão, tem 83,8% de jogadores japoneses, seguido de perto pelo Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, com 82,8%.
Entre os brasileiros, o Botafogo se destaca com 82,3% de seu elenco composto por atletas nascidos no país.