Bet terá que mudar de nome após processo da XP Investimentos
A XP Investimentos obteve uma vitória na Justiça contra a empresa Suprema Bet LTDA, responsável por operar a plataforma de apostas XP Bet.
A decisão, proferida na última sexta-feira (25) pela juíza Priscila Fernandes Miranda Botelho da Ponte, da 1ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, determina que a empresa pare imediatamente de utilizar o termo “XP” em qualquer meio — incluindo o site xp.bet.br e perfis em redes sociais — sob pena de multa diária de R$ 50 mil, limitada a R$ 500 mil.
A decisão atende a um pedido da corretora, que alegou que o uso da marca "XP" por uma casa de apostas online pode gerar confusão entre os consumidores e comprometer sua reputação, construída com base em credibilidade no mercado financeiro.
No processo, a XP afirma que a utilização do termo por uma empresa de jogos opera “à margem da legalidade” e se aproveita indevidamente do valor associado à sua marca.
Embora a ação judicial ainda esteja em curso, a magistrada concedeu uma tutela provisória de urgência, reconhecendo o potencial prejuízo à imagem da XP enquanto o caso não é julgado em definitivo. Até a noite de quinta-feira (1), a plataforma XP Bet ainda seguia no ar.

Plataforma XP Bet ainda está no ar, após decisão da Justiça
XP Bet tem dobro de acessos do site da XP Investimentos
A XP Bet pertence à Suprema Bet, empresa que também opera os sites suprema.bet.br (Supremebet) e maxima.bet.br.
A casa de apostas opera legalmente com licença nacional e, entre janeiro e março de 2025, recebeu aproximadamente 27 milhões de acessos, figurando entre as 30 plataformas de apostas mais visitadas do Brasil no ano.
No mesmo período, o site da XP Investimentos recebeu cerca de 11 milhões de visitas, ou seja, menos da metade da audiência registrada pela plataforma de apostas com nome similar.
A XP havia anunciado em 17 de abril que recorreria à Justiça para impedir o uso da marca por parte da Suprema Bet.
Em nota à época, a corretora destacou que muitos brasileiros ainda confundem apostas com investimentos financeiros, o que intensifica os riscos à sua reputação institucional.
XP e Suprema Be foram procuradas por reportagem do jornal Estado de S.Paulo, mas não responderam até a publicação.