Adolescentes e população de baixa renda são vulneráveis ao vício em apostas

Atualizado: 10 Abr 2025
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Lucas Arraz

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Mais de um terço dos apostadores brasileiros (38,6%) enfrenta algum nível de risco ou transtorno relacionado ao vício em jogos de apostas, aponta um estudo inédito divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

A pesquisa também revela outros grupos que estão mais suscetíveis a desenvolver problemas com apostas, entre eles, os menores de idade, proibidos legalmente de apostar.

Adolescentes entre 14 e 17 anos destacam-se como o grupo mais vulnerável à ludopatia, com 55,2% dos apostadores nessa faixa etária apresentando algum grau de risco para dependência.

Segundo o estudo, a crescente popularização das apostas online, agrava esse cenário.

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Atenção

Menores de 18 anos são proibidos por lei de apostar, e casas de apostas legalizadas não aceitam cadastros de adolescentes.

Outro grupo bastante afetado pelo risco de dependência em apostas são as pessoas com menor renda.

Indivíduos que têm renda mensal inferior a um salário mínimo apresentam uma prevalência de 52,8% no uso problemático ou arriscado dos jogos de aposta.

Em contraste, entre aqueles com renda igual ou superior a um salário mínimo, o índice cai para 21,1%.

Esses dados fazem parte do Levantamento Nacional sobre Álcool e Drogas (Lenad), realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a pedido da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).

A pesquisa entrevistou 16 mil brasileiros com 14 anos ou mais, segmentados entre adolescentes (14 a 17 anos) e adultos (18 anos ou mais), abrangendo diversos perfis socioeconômicos.

Comentando os dados, em nota à imprensa, o presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), o advogado Plínio Lemos Jorge, alertou para os riscos do acesso de menores às apostas online ilegais.

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Temos alertado as autoridades de que o acesso de menores a casas de apostas e jogos on-line, prática proibida por lei, tem ocorrido por meio das bets ilegais.
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Plínio Lemos Jorge

Presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias

Segundo ele, sem dispositivos de segurança, essas plataformas facilitam a entrada de crianças e adolescentes nesses ambientes virtuais e os incentivam a jogar. “Como representantes do mercado regulado, estamos empenhados em colaborar com os órgãos competentes para a adoção de iniciativas que combatam esse cenário extremamente preocupante”, concluiu.

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