Apostas no celular: 98,7% dos acessos a bets no Brasil são mobile

Atualizado: 9 Jul 2025
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Lucas Arraz

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O brasileiro aposta pelo celular e quase exclusivamente por ele. Dados de tráfego de maio de 2025 mostram que 98,7% dos acessos a sites de apostas legalizados no país aconteceram via dispositivos móveis, enquanto apenas 1,3% vieram de computadores.

O comportamento reforça a consolidação do celular como principal meio de entrada para o universo das bets no Brasil.

Esse hábito ganha ainda mais força com a recente liberação dos aplicativos oficiais de apostas nas lojas da Google e da Apple, facilitando o acesso direto e contínuo às plataformas.

Em maio, os sites de apostas autorizadas acumularam 2,12 bilhões de visitas no Brasil, com quase toda essa movimentação partindo de celulares.

Ao todo, foram 173 milhões de dispositivos únicos no mês, o que na prática representa um alcance equivalente a cerca de 80% da população brasileira exposta a alguma bet.

Grande parte dos acessos acontece de forma direta, com o usuário buscando ativamente uma casa de apostas.

No entanto, uma fatia considerável também se origina de cliques em banners ou pop-ups que surgem automaticamente durante a navegação na internet.

Os dados são do monitoramento do Aposta Legal às casas mais populares.

Você sabia?

A liberação dos apps de bets no Brasil foi garantida pela regulamentação das apostas de quota fixa, modalidade em que o apostador já sabe, no momento da aposta, quanto pode ganhar.

Essa categoria inclui tanto esportes tradicionais quanto jogos populares como o “Jogo do Tigrinho”.

Aumenta engajamento do brasileiro com bets

Mesmo que parte do público de bets no Brasil acesse essas plataformas de forma indireta, ao abrir propagandas em navegadores, por exemplo, o engajamento é expressivo.

Os dados de tráfego mostram que, em média, as mais de 2 bilhões de visitas gastam até 14 minutos de navegação por acesso, com 77% dos usuários explorando o conteúdo além da homepage.

Esse engajamento registrado em maio é maior do que o último registro da série histórica. Em fevereiro, o engajamento médio do brasileiro com sites legais de apostas era de 13 minutos.

Do navegador à loja de aplicativos

A nova política do Google, adotada em junho, permite que empresas com autorização do Ministério da Fazenda publiquem seus aplicativos na Play Store — algo inédito até então. Entre os primeiros aplicativos disponíveis estão Betano, Betnacional, Aposta Ganha, Superbet Apostas, Superbet Cassino, Bet7K, King Panda e o RDP (Rei do Pitaco).

Na App Store, o Rei do Pitaco também já está acessível, e outras operadoras aguardam aprovação.

A movimentação marca uma virada no setor, que busca proporcionar experiências mais rápidas, seguras e integradas ao comportamento mobile do apostador brasileiro.

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Por que os apps oficiais importam?

Entidades do setor defendem que a presença de aplicativos nas lojas oficiais ajuda a sufocar o mercado ilegal de apostas. A liberação permite que o público acesse com facilidade plataformas certificadas, regulamentadas e auditadas pelo governo brasileiro.

Os apps permitem o envio de notificações, recursos de jogo responsável e uma navegação mais fluida, favorecendo o engajamento direto com o usuário.

Para estarem nas lojas oficiais, os aplicativos precisam seguir uma série de exigências impostas pelo Google e pela legislação brasileira:

  • Acesso restrito a maiores de 18 anos;
  • Funcionamento limitado ao território nacional;
  • Classificação etária "somente adultos";
  • Diretrizes claras sobre jogo responsável.

Segundo o Google, a atualização da política foi feita para acompanhar o novo marco regulatório das apostas de quota fixa e garantir um “ecossistema de aplicativos seguro e confiável”.

Hoje, o Brasil tem cerca de 160 marcas de apostas autorizadas a operar, além de outras com autorização judicial.

Todas elas agora podem promover seus apps nas lojas, o que promete ampliar a presença dessas marcas no cotidiano dos brasileiros.

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